Com sede na cidade do Porto, a Banda Sinfónica Portuguesa teve o seu concerto de apresentação no dia 1 janeiro de 2005 no Rivoli, Teatro Municipal do Porto, onde gravou igualmente o seu primeiro disco.
Ao longo dos anos têm vindo a apresentar-se nas mais importantes salas de espetáculo do nosso país, colaborando regularmente com a Fundação Casa da Música onde é agrupamento associado, com a Ágora, Coliseu do Porto, Fundação Eng.º António de Almeida, Fundação de Serralves e vários municípios. Destacam-se a realização de concertos na vizinha Espanha no Teatro Monumental de Madrid (RTVE) e ainda nas cidades de Pontevedra, Corunha, Ávila, Llíria, Lleganés e participações nos Certames Internacionais de Boqueixón e Vila de Cruces.
O seu repertório para formação sinfónica estende-se desde aos arranjos mais clássicos, obras originais e muitas estreais contemporâneas de compositores como Luís Tinoco, Sérgio Azevedo, Carlos Azevedo, Luís Carvalho, António Victorino d’Almeida, Fernando Lapa, Daniel Moreira, Jorge Salgueiro, Pedro Lima, entre muitos outros. De realçar ainda o trabalho camerístico de vários dos seus grupos e ensembles.
Em abril de 2010, lançou o seu álbum “A Portuguesa” com obras exclusivamente de compositores portugueses, num concerto realizado no auditório da Faculdade de Engenharia do Porto. Tem vindo a gravar regularmente outros trabalhos, nomeadamente “Traveler” (2011), “Hamlet” (2012) “Oásis” (2013), “Grand Concerto pour Orchestre d’Harmonie” (2014), “Sinfónico” com Quinta do Bill (2015), “Trilogia Romana” (2015), “Porto” (2016) e The Ghost Ship (2017) e “Música Ibero-Americana “(2019).
A BSP possibilitou, na maioria dos seus concertos, a apresentação de talentosos solistas nacionais e internacionais, sendo de destacar alguns como Pedro Burmester, Sérgio Carolino, Mário Laginha, Elisabete Matos, Sílvia Sequeira, Marco Pereira, Jean-Yves Fourmeau, Nuno Pinto, Vicente Alberola, Vincent David, Adriana Ferreira, Horácio Ferreira, Carlos Ferreira, Arno Piters, Vítor Fernandes, Pierre Dutôt, Rubén Simeó, Raúl da Costa, Vasco Dantas, e vários dos próprios músicos da sua orquestra. Algumas apresentações contaram ainda com a participação de vários coros bem como grupos como a Vozes da Rádio, Quinta do Bill, Quarteto Vintage, European Tuba Trio, entre outros.
Maestros internacionalmente reputados como Jan Cober, José Rafael Vilaplana, Douglas Bostock, Baldur Bronnimann, Alex Schillings, Eugene Corporon, François Boulanger, Martin André, Ivan Meylemans, entre outros, dirigiram a BSP com enorme sucesso, tendo considerado este projeto como extraordinário e de uma riqueza cultural enorme para Portugal. Aliás, a BSP tem vindo a receber até ao momento as melhores críticas, não só do público em geral, como também de prestigiados músicos nacionais e estrangeiros. Pedro Neves, Jan Wierzba, Fernando Marinho, Alberto Roque, José Eduardo Gomes, Hélder Tavares, Luís Carvalho, André Granjo, Diogo Costa e Paulo Martins, são alguns dos maestros portugueses que dirigiram também esta orquestra.
A componente de formação pedagógica tem levado a BSP a realizar várias ações com jovens instrumentistas, onde se destaca os festivais BSP Júnior, bem como dezenas de cursos de direção e ainda aperfeiçoamento artístico com várias bandas filarmónicas.
A BSP obteve em abril de 2008 o 1. º prémio no II Concurso Internacional de Bandas de La Sénia na Catalunha (Espanha) na 1. ª secção e igualmente o 1. º prémio na categoria superior (Concert Division) do 60.º aniversário do World Music Contest em kerkrade na Holanda em outubro de 2011, com a mais alta classificação alguma vez atribuída em todas as edições deste concurso que é considerado o “campeonato do mundo de bandas”.
Em 2014, a BSP realizou a sua primeira tournée intercontinental pela China, realizando 5 concertos nas cidades de Hangzhou, Jiangyin, Shaoxing, Ningbo e Jiaxing. Participou em 2017 na qualidade de orquestra de referência no panorama internacional, no 18. º Festival do World Music Contest em Kerkrade e na 17.ª Conferência Mundial da World Association for Symphonic Bands and Ensembles em Utrecht. Realizou em novembro de 2019 uma digressão às Canárias atuando em Tenerife e na Gran Canaria.
A Banda Sinfónica Portuguesa é uma Associação cultural, sem fins lucrativos, com estatuo de utilidade pública atribuído pela Presidência de Conselho de Ministros e uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes. Foi distinguida em maio de 2024 pela RTP e Antena 2 pelo trabalho desenvolvido ao longo da sua história. Francisco Ferreira dirigiu a mesma artística e musicalmente a BSP durante mais de 20 anos, estando atualmente a direção artística a cargo de Horácio Ferreira e contando ainda com José Rafael Pascual Vilaplana como Maestro Associado.